domingo, 13 de maio de 2012

Árvore? E debocha Da faca que lhe corta
Tudo é invenção. Como os partidos políticos, a roda, o carro, o amor romântico. Mas, o fato de terem sido inventados, não tira deles o atropelamento. Corpo estendido na calçada.
A canoa foi feita no facão. No braço. O rio é turvo por causa das pedras. Que não tem. De vez enquando alguém passa. - Boa tarde. - Tarde. Na falta de cachaça, há quem beba álcool da tampa azul. Azul. E riem. A vida do lado de cá do barranco é mais difícil. Coisa de abestado.
Em frente ao Amarelinho tem uma barraca de acarajé. Chama-se Rosa, a Baiana. Bem no meio da praça, em frente ao Amarelinho, tem a exposição A Terra Vista do Céu, de Yann Arthus-Bertrand. Pessoas falam ao celular. Pessoas procuram seus ônibus. Destinos. Se você sentar em um banquinho, tem uma lua só vista do meio da praça em frente ao Amarelinho. Mas tudo é hoje.
Mãos de sangrar Rosto quente Estiletes Dentes Era quase, quase um cão
O desenho não estava bom. As pernas da borboleta pareciam outra coisa que não parecia nada. Na falta do lápis azul, pintou todo o céu de amarelo. Esquisito. Em algum país, que não lembrava qual, "esquisito" queria dizer coisa boa. Era criança e acreditava que podia refazer o mundo com um pedaço de borracha.